SSDs hoje fazem parte da vida da maioria das pessoas, diferentemente do que acontecia há poucos anos. Basta lembrar que todos os smartphones utilizam um para ter uma dimensão de quantos deles há por aí. Mas o que eles são, no fim das contas? Será que existe apenas um tipo? Vamos por partes, aprendendo o básico sobre eles.
SSDs vs HDDs
SSDs (Solid State Drives) recebem esse nome para se diferenciar dos HDDs (Hard Disk Drive, que chamamos de discos rígidos), já que não utilizam partes móveis. Ou seja, não sofrem com possíveis falhas mecânicas, já que não há nada se movimentando dentro de um SSD. Mas a coisa não para por aí.
Ainda que discos rígidos sejam capazes de armazenar uma grande quantidade de dados por um custo relativamente baixo, os SSDs são insuperáveis em termos de velocidade. O pior SSD que você encontrar será, pelo menos, três vez mais ráṕido que um disco rígido de boa qualidade.
E olha que estamos falando do pior SSD, já que um SSD típico é comumente 10 vezes mais rápido que um disco rígido comum (e olha que isso é apenas uma média). Isso acontece por dois diferenciais que os discos rígidos não são capazes de competir: acesso aleatório e tempo de acesso.
Em outras palavras, SSDs não apenas acessam arquivos mais rapidamente, trazendo uma latência (tempo até acessar um arquivo) menor, como também os carregam muito (mas muito) rápido. Isso inclui a abertura do navegador até a inicialização do sistema operacional, seja ele Linux, macOS ou Windows.
Essa aceleração acontece tanto para arquivos pequenos quanto grandes. Discos rígidos costumam oferecer velocidades aproximadas de 100 MB/s e uns pouquinhos de leitura/escrita. Já SSDs trabalham velocidades superiores a 500 MB/s mesmo nos modelos SATA. Em qualquer máquina? Em qualquer máquina.
Mas pera…o que é SATA?
Formatos, padrões e velocidades
Se você já abriu um PC ou notebook comum e trocou um disco rígido, provavelmente o fez com um HD/SSD padrão SATA. Apesar de outros formatos mais modernos já serem relativamente populares, o SATA ainda permanece como uma boa opção para máquinas mais básicas. Porém, já apresentam limitações para as velocidades deste padrão, alcançando aproximadamente 550 MB/s de leitura/escrita em casos reais.
Pode parecer bastante coisa — e é, se comparado um disco rígido comum — mas é pouco se comparado aos SSDs NVMe (Non-Volatile Memory express), que usam a conexão PCIe. Não raro, chegam a oferecer cinco vezes mais velocidade do que um SSD SATA (que, lembrando, são 10 vezes mais rápidos que os discos rígidos).
Basicamente temos 3 padrões em uso: o SATA, utilizados em HDDs e SSDs mais básicos, o M.2, que pode usar tanto os padrões SATA quanto NVMe, e AIC (Add-in card), que usam o conector PCIe da máquina (em desktops, naturalmente). Há um quarto formato, o U.2, mas este ainda é pouco comum.
Com tantos formatos disponíveis e atributos inquestionavelmente competitivos quando comparado aos discos rígidos, o que os SSDs têm de negativo?
Preço e custo-benefício
SSDs ficaram mais acessíveis com o passar do tempo, um resultado esperado da inovação tecnológica e livre concorrência, mas ainda são comparativamente caros se comparados aos discos rígidos. Em termos de custo por GB, HDD ainda reinam com a principal opção para quem busca armazenar o máximo de dados quanto possível.
Porém, modelos com capacidades mais confortáveis (240 GB ou mais) já podem se encontrados por preços “pagáveis”. Não chegam a ser baratos, mas certamente estão longe de custar um absurdo, como ocorria há poucos anos.
Fonte: https://canaltech.com.br/hardware/o-que-e-ssd/